Diego Souza rompe silêncio e diz ter cumprido ordens do Palmeiras

Após duas semanas de polêmica e silêncio, o meia palmeirense Diego Souza divulgou nota nesta quinta-feira, 13, na qual afirma que nunca se negou a participar de jogos, treinos e tratamento médico no clube, desde que ofendeu a torcida durante a primeira partida das quartas de final da Copa do Brasil contra o Atlético Goianiense, no Parque Antártica.

O fato estremeceu de vez a relação do meio-campista com os torcedores e a sua permanência no clube se tornou inviável. O jogador não treinou no último sábado, na terça e na quarta-feira. A nota foi a primeira manifestação pública do meia desde o início da crise com o clube.

"Todas as minhas atitudes desde o episódio do primeiro jogo contra o Atlético-GO, pela Copa do Brasil, foram seguindo decisões exclusivas do clube.Sempre que me ausentei foi por instrução ou licenciado pelo clube", diz a nota, divulgada pela assessoria de imprensa do jogador.

Ontem, o vice-presidente de futebol do Palmeiras, Gilberto Cipullo anunciou que o meia estava de licença até que seja negociado com um outro clube. O jogador não deve vestir mais a camisa do Palmeiras.

"Havia um otimismo quanto à situação do Diego ser revertida e ele continuar no Palmeiras, mas após algumas conversas nos últimos dias, chegamos a conclusão que isso não vai acontecer", disse Cipullo.

Ainda segundo a diretoria, a Traffic, parceira do Palmeiras, deve negociar Diego com um time do exterior.  O meia chegou a ser especulado como um possível reforço do Corinthians.

O fundo de investimento pagou R$ 10 milhões em 2008 para tirar Diego Souza do Grêmio e colocá-lo no Palmeiras. O jogador tem contrato com o clube paulista até o final de 2012.

Confira a íntegra da nota de Diego Souza:

"Desde minha chegada ao Palmeiras, me entreguei de corpo de alma aos projetos e objetivos do clube. Tenho a sensação do dever cumprido, tanto no que diz respeito a meu rendimento individual quanto coletivo. Tenho a consciência tranqüila de ter ajudado o clube ao longo dos anos que estive lá.

Numa eventual saída minha, não poderia ser diferente. Todas as minhas atitudes desde o episódio do primeiro jogo contra o Atlético-GO, pela Copa do Brasil, foram seguindo decisões exclusivas do clube. Em nenhum momento abandonei alguma atividade ou me neguei a participar de qualquer evento relacionado à Sociedade Esportiva Palmeiras, seja jogo, treino ou tratamento. Sempre que me ausentei foi por instrução ou licenciado pelo clube".